Nesta quarta, dia 19, 9h, ato em frente a imprensa universitária
A batalha
pelas 30 horas na UFSC está bem longe de terminar. Mesmo com a instalação e
efetivo funcionamento do grupo que está fazendo o redimensionamento dos setores
na universidade, a reitoria deu alguns passos atrás. O primeiro deles foi,
mesmo em processo de construção das 30 horas, provocar o retrocesso num dos
setores da UFSC que mais tempo vinha praticando o trabalho por turnos: a
imprensa universitária. Ali, as seis horas já eram realidade desde há 18 anos,
quando os trabalhadores se organizaram e definiram a melhor forma de atuar.
Durante todo esse tempo a imprensa (gráfica) trabalhou sem qualquer problema,
garantindo atendimento ininterrupto por mais de 12 horas. Pois, logo depois da
greve os trabalhadores foram
surpreendidos pelos retrocesso.
Outro espaço
que viveu o mesmo processo de passo atrás foi a Prefeitura Universitária. Lá,
alguns setores também já praticavam também o turno das seis horas e foram
obrigados a retornar para as oito horas diárias. Ninguém entendeu porque a
reitoria obriga a esse retrocesso se outros setores da UFSC seguem praticando o
sistema de turnos. E isso ainda segue um mistério.
Mesmo dentro
do grupo que discute o dimensionamento há um grande desconforto. Os
trabalhadores não entendem porque a reitoria decidiu tomar essa decisão se há
um processo de discussão e construção das 30 horas em curso. Até agora não há
uma explicação plausível apresentada pela reitoria e nos setores que tiveram de
voltar às oito horas o descontentamento é muito grande e só aumenta.
Um terceiro
elemento também começa a aparecer no discurso da administração.É o de que as 30
horas só valerão para alguns setores, repetindo o mesmo mantra já cantado por
Rodolfo, Lúcio e Prata. Para os trabalhadores essa alegação é bastante infeliz.
Já aconteceram dezenas de discussões sobre o tema e a lei é bastante clara:
havendo atendimento de 12 horas, o turno de seis horas é permitido. Não há mais
o que postergar.
É por isso
que enquanto a comissão trabalha no dimensionamento, a luta não pode parar. Daí
a necessidade de os trabalhadores estarem sempre alertas e, principalmente
informados sobre o que acontece. Por conta disso estamos criando esse boletim e
todas essas ferramentas de comunicação.
Entendemos
que, hoje, a direção do sindicato não está cumprindo com o seu papel que é o de
informar a categoria. Realizam-se atos que ficam apenas no plano do ritual, mas
a boa informação e a discussão permanente nos setores não está sendo feita.
Nós estamos
aí tratando de passar as informações e manter a categoria atualizada sobre os
avanços e recuos. Pois só assim poderemos realizar a luta real, no momento
necessário.
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