quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Avanços e recuos na luta


Nesta quarta, dia 19, 9h, ato em frente a imprensa universitária

A batalha pelas 30 horas na UFSC está bem longe de terminar. Mesmo com a instalação e efetivo funcionamento do grupo que está fazendo o redimensionamento dos setores na universidade, a reitoria deu alguns passos atrás. O primeiro deles foi, mesmo em processo de construção das 30 horas, provocar o retrocesso num dos setores da UFSC que mais tempo vinha praticando o trabalho por turnos: a imprensa universitária. Ali, as seis horas já eram realidade desde há 18 anos, quando os trabalhadores se organizaram e definiram a melhor forma de atuar. Durante todo esse tempo a imprensa (gráfica) trabalhou sem qualquer problema, garantindo atendimento ininterrupto por mais de 12 horas. Pois, logo depois da greve  os trabalhadores foram surpreendidos pelos retrocesso.

Outro espaço que viveu o mesmo processo de passo atrás foi a Prefeitura Universitária. Lá, alguns setores também já praticavam também o turno das seis horas e foram obrigados a retornar para as oito horas diárias. Ninguém entendeu porque a reitoria obriga a esse retrocesso se outros setores da UFSC seguem praticando o sistema de turnos. E isso ainda segue um mistério.

Mesmo dentro do grupo que discute o dimensionamento há um grande desconforto. Os trabalhadores não entendem porque a reitoria decidiu tomar essa decisão se há um processo de discussão e construção das 30 horas em curso. Até agora não há uma explicação plausível apresentada pela reitoria e nos setores que tiveram de voltar às oito horas o descontentamento é muito grande e só aumenta.

Um terceiro elemento também começa a aparecer no discurso da administração.É o de que as 30 horas só valerão para alguns setores, repetindo o mesmo mantra já cantado por Rodolfo, Lúcio e Prata. Para os trabalhadores essa alegação é bastante infeliz. Já aconteceram dezenas de discussões sobre o tema e a lei é bastante clara: havendo atendimento de 12 horas, o turno de seis horas é permitido. Não há mais o que postergar.

É por isso que enquanto a comissão trabalha no dimensionamento, a luta não pode parar. Daí a necessidade de os trabalhadores estarem sempre alertas e, principalmente informados sobre o que acontece. Por conta disso estamos criando esse boletim e todas essas ferramentas de comunicação.
Entendemos que, hoje, a direção do sindicato não está cumprindo com o seu papel que é o de informar a categoria. Realizam-se atos que ficam apenas no plano do ritual, mas a boa informação e a discussão permanente nos setores não está sendo feita.

Nós estamos aí tratando de passar as informações e manter a categoria atualizada sobre os avanços e recuos. Pois só assim poderemos realizar a luta real, no momento necessário.     

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